Minhas leituras de 2019

Dezembro chegou e com ele nossa lista de leituras do ano. No ano passado eu também fiz minha lista e disse que meus objetivos para 2019 eram ler mais livros que em 2018 e ler mais autores nacionais. Fui bem sucedida no primeiro, mas falhei miseravelmente no segundo (tive apenas um autor nacional na lista de 2019).

Esse ano foi de leituras bastante específicas para mim — a maioria do que li teve foco em pesquisas que eu fiz para o Graça (muita coisa sobre ser mulher e cristã) ou leituras para aulas na igreja (fiz parte de um grupo de estudos para mulheres e de uma aula sobre momento devocional que exigiam um livro por reunião… ufa!).

Creio que 2020 trará mais tempo para ler, uma vez que passarei a trabalhar de casa enquanto cuido de nossa bebezinha, e com isso provavelmente lerei mais coisas escolhidas por mim, e não para mim. De qualquer forma, no geral eu gostei muito dos livros que li em 2019! Creio que o Senhor me ensinou mais sobre Ele e sou grata.

Sem mais demora, segue minha lista de 2019, com um breve resumo e meu parecer sobre as obras que mais gostei. As que gostei menos serão apenas mencionadas.

Livros em Português ou que têm tradução para o Português:

O Deus Pródigo, Timothy Keller*

Eu preciso ler Keller com mais frequência porque toda vez que o faço sinto que ganhei um novo livro preferido. Nessa obra simples de ser lida (bem diferente do livro “Caminhando com Deus em Meio à Dor e ao Sofrimento”, que li ano passado), Keller deixa de lado o intelectualismo pelo qual é conhecido, e foca em explicar de maneira direta e prática a conhecida parábola do Filho Pródigo (que ele chama de parábola dos Dois Filhos), e argumentar que ela muda nossa visão de Cristianismo completamente. Eu não sei como descrever o quão importante esse livro é, senão dizendo que sua leitura vai mudar sua vida. Definitivamente minha leitura preferida de 2019.

Mulheres da Palavra, Jen Wilkin*

Esse foi o livro mais prático que eu já li sobre como ler a Bíblia, e creio que deveria ser lido por todo cristão, homem ou mulher (apesar do título). Jen ensina o básico do Método Indutivo de Leitura Bíblia, mas também vai para além dele. Se você está buscando uma obra fácil de ser lida e muito prática, recomendo!

Incomparável, Jen Wilkin*

Eu nunca tinha lido Jen Wilkin, e nesse ano não somente li dois de seus livros, mas também fiz um de seus estudos bíblicos (sobre o livro de Tiago). Eu posso dizer que Jen é, hoje, uma das minhas maiores influências ministeriais. Em “Incomparável” ela escreve sobre 10 atributos incomunicáveis de Deus (atributos que somente Ele pode ter). Terminei a leitura com uma visão muito mais ampla sobre meu Deus, o que me levou a adorá-lO mais profundamente. Novamente, ignore a capa rosa se você for homem e leia essa obra.

Enquanto a Fila Não Anda, Luca Martini

Único livro nacional que tive a oportunidade de ler esse ano. Nessa obra Martini, conhecido por seu canal no YouTube, tenta convencer adolescentes e jovens a seguirem o plano de Deus para relacionamentos, ao invés de viverem de acordo com o curso do mundo. Eu fiz um vídeo sobre a obra para o RE:VIEW. O conteúdo é necessário para a faixa etária para o qual foi escrito, mas definitivamente não é um tratado teológico profundo (e na verdade, nem tenta ser). A linguagem é jovem e completamente informal.

Mulheres na Igreja, Stanley Grenz & Denise Kjesbo*

Por anos eu dizia que era contra mulheres pastoras, mas nunca conseguia criar um argumento convincente que justificasse minha crença. Por causa disso, decidi ler uma das mais conhecidas obras que defende o pastorado feminino para que, entendendo os que discordam de mim, eu pudesse fortalecer minhas próprias crenças. Esse livro é muito bem estruturado, com pesquisas bem feitas e profundas. Apesar de não concordar com a maioria do conteúdo, eu confesso que aprendi muita coisa, inclusive coisas com as quais concordo hoje em dia. Recomendo que vocês busquem ler mais obras com doutrinas de 2o e 3o grau com as quais discordam (desde que sejam bem escritas). Eu com certeza farei isso com mais frequência, me foi muito benéfico. Tem um vídeo meu resenhando essa obra no RE:VIEW.

Outros: O Rouxinol, Kristin Hannah

*Esses livros foram lidos em sua versão original, em inglês. Quaisquer comentários feitos refletem o conteúdo original e não a tradução publicada no Brasil.

Livros em Inglês sem tradução:

You Can Pray, Tim Chester

Eu tive que ler essa obra para minha aula sobre momento devocional, e sem dúvidas é o melhor livro que já li sobre oração. Incrivelmente prático, mas ao mesmo tempo cheio de noções e ideias que nunca tinham passado por minha mente. Recomendo para qualquer pessoa que queira uma obra básica sobre o tema, que seja simples de ler. E não se engane pela capa, o livro foi escrito recentemente (acredite se puder!).

No Little Women, Aimee Byrd

Pensa em um livro que derreteu meu cérebro. Aimee Byrd trouxe tantas ideias novas para minha cabeça que eu demorei meses para processar a obra, e precisei criar um clube do livro com amigas aqui nos EUA para comentarmos juntas o que achamos. Isso não significa que eu concorde com tudo o que foi dito (ou com o tom usado em muitas partes), mas como um todo foi o conteúdo mais bem pesquisado e importante que li esse ano. Recomendo a qualquer mulher (ou homem) que queira entender melhor o papel das mulheres no Corpo de Cristo. Obrigada à querida Cecilia do Benditas Blog pela indicação e por ter aceitado estudar o conteúdo comigo via ligações de vídeo.

Devotedly, Valerie Elliot Shepard

Como vocês podem imaginar, eu me apaixonei por essa obra. Terminei a leitura em poucos dias e instantaneamente se tornou um favorito. Nesse livro Valerie Elliot, filha de Jim e Elisabeth Elliot, nos conta a história de amor de seus pais, usando trechos de seus próprios diários e cartas. Recomendo não somente a qualquer pessoa que gosta de ler sobre histórias de amor da vida real, mas também a qualquer um interessado em entender como viver um relacionamento para a glória de Deus. Escrevi um post inteiro somente sobre essa obra, se quiserem ler.

Outros: Reformation Women, Rebecca VanDoodewaard; The Art of Turning: From Sin to Christ for a joyfully clear conscience, Kevin DeYoung; The Imperfect Disciple, Jared C. Wilson

Livros que comecei e abandonei/não terminei:

Labor With Hope, Gloria Furman [Motivo: perdi o interesse]

Gloria escreve sobre maternidade nessa obra, e eu pensei que seria incrível mas confesso que fiquei entediada. A autora tenta introduzir o Evangelho em absolutamente todo capítulo, o que eu geralmente veria como algo positivo exceto que cada capítulo desse livro tem apenas 3, 4 páginas. Fica monótono depois de um tempo (várias amigas pensaram o mesmo). Alguns conceitos principais me encorajaram e ajudaram, mas como um todo não gostei.

Sex in a Broken World, Paul David Tripp [Motivo: decidi priorizar outras obras]

Tripp tenta trazer um histórico sobre o tema do sexo e não somente explicar como chegamos ao ponto em que estamos, mas também mostrar o que a Bíblia diz sobre isso. Não é ruim, mas não achei bom o suficiente para prender minha atenção e acabei escolhendo priorizar outras leituras.

A Lineage of Grace, Francine Rivers [Motivo: perdi o interesse]

Ao contrário de Amor de Redenção da mesma autora, que me prendeu do começo ao fim, eu acabei perdendo o interesse nessa obra. Talvez seja porque cada capítulo traz uma história diferente então quando eu terminava um não sentia a necessidade de ler o próximo. Entretanto, amo que Francine tenha escrito sobre as mulheres na genealogia de Jesus! Penso que terminarei mais pra frente, lendo um capítulo aqui, outro ali.

Você Não Precisa de um Chamado Missionário, Yago Martins [Motivo: falta de tempo]

Eu estava gostando muito dessa obra, mas como a leitura estava sendo feita via áudio (pelo The Pilgrim App) eu só retornava a ela quando estava lavando louças ou caminhando. Pretendo voltar e terminar, mas por agora acabei tendo que priorizar outros áudios para estudos pessoais.

Agora me contem — qual foi o livro que mais gostaram esse ano?