Você vai compartilhar sua história?

Artigo escrito originalmente por Lysa TerKeurst, e publicado aqui.
Traduzido, com permissão, por Francine Veríssimo.

Sempre que eu tentava fazer algo que eu sentia que Deus me chamava para fazer, as vozes de crítica e condenação estavam lá para me saudar. Desde o começo do meu ministério as vozes eram altas e cruéis. “Você nunca vai ser uma palestrante.” “Ninguém te quer.” “Olhe para você. Você realmente acha que Deus usaria alguém como você?”

Às vezes eu me comparava com outras pessoas. “Ela é tão inteligente. Ela é tão educada. Ela tem vários contatos. Quem sou eu comparada com tudo isso?” Gradualmente eu me encolhi. Eu me afastei. Eu coloquei uma fachada de perfeição com palavras bonitas e uma casa e filhos que pareciam perfeitos.

Perfeitos do lado de fora, completamente desfeitos do lado de dentro.

Eventualmente o Senhor revelou meu blefe. Eu estava lendo simultaneamente os livros “Experiencing God” (Experimentando Deus), de Henry Blackaby e “Victory Over the Darkness” (Vitória Sobre a Escuridão), de Neil Anderson. Com frequência as lágrimas rolavam dos meus olhos enquanto eu tentava sobreviver às lições. Mas um dia foram mais que simples lágrimas. Era um chorar descontrolado, vindo de um peito tão pesado com fardos que eu pensei que eu fosse literalmente quebrar.

Com o rosto em terra, eu pedi a Deus para falar comigo. O que eu ouvi como resposta foi uma simples questão que mudou minha vida: Você vai compartilhar sua história?

“Sim, eu vou compartilhar minha história. As partes boas que são seguras e arrumadas e aceitáveis.”

Mas seguro e arrumado e aceitável não era o que Deus queria. Ele queria o impossível.

Completamente impossível… por minhas próprias forças.

Deus foi de encontro com todos os meus argumentos, mostrando nas Escrituras a depender não de mim mesma, mas dEle.

Deus me mostrou nas Escrituras a depender não de mim mesma, mas dEle. Click To Tweet

Ele mudou minha necessidade de aprovação por um desafio: viver para um público de apenas Um. Ele me ajudou a ver de onde as vozes de dúvida estavam vindo e me desafiou a considerar a fonte. E, de forma simples, Deus continuou sussurrando que Ele me amava, outra e outra vez.

A primeira vez que eu compartilhei minha história foi um ato de absoluta obediência. Eu mantive minha cabeça abaixada e meus muros altos. Eu esperava que as pessoas que me ouviram fossem jogar pedras em mim… especialmente quando eu contei sobre meu aborto.

A vergonha de abusos na infância e de rejeição não era nada comparada com a vergonha da minha escolha de ter abortado meu bebê.

Eu chorei por essa escolha.

Eu me arrependi.

Eu fui a Deus centenas de vezes e pedi por perdão.

Eu colocava isso diante dEle no altar da igreja.

Mas nada me trouxe a redenção que aquele dia trouxe. Enquanto eu tremia naquele palco, eu compartilhava exatamente o que Deus me mandou compartilhar.

E então o milagre aconteceu.

Quando eu terminei e ousei olhar para frente, rostos com lágrimas me olhavam de volta. Bocas estavam sussurrando, “Eu também. Eu também.”

Naquele momento eu finalmente entendi o significado por trás de Gênesis 50:20, “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.” (NVI)

Ver Deus usar aquela coisa que me fez sentir totalmente inválida para ajudar outros mudou tudo. Eu estava finalmente me libertando das correntes de vergonha de Satanás e podia ver as mentiras dele pelo que elas eram. Naquele momento eu me senti vitoriosa – não em meu próprio poder, mas na força e habilidade do Senhor em usar todas as coisas para o bem.

Quando eu disse “sim” a Deus isso encorajou outros a dizerem “sim” também. Fardos foram levantados. Vidas foram mudadas. Segredos escondidos foram tocados pela graça. É algo lindo quando mulheres dizem “sim” para Deus.

De que maneira Ele está te chamando para dizer “sim” hoje?

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Quando eu criei o Graça em Flor meu maior desejo era compartilhar minha história com vocês e ter vocês compartilhando comigo para que pudéssemos crescer juntos em Cristo. Para isso eu criei a página de Testemunhos, para que não só vocês compartilhassem comigo mas com todos os leitores do blog suas histórias, de maneira que pessoas pudessem dizer como as mulheres do texto da Lysa disseram, “Eu também. Eu também.” Se você sente de Deus que deveria compartilhar sua história para que outros pudessem ser tocados e encorajados, por favor leia a parte de Testemunhos aqui e saiba como nos mandar seu testemunho.

Em Cristo,
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