
Sinais dos Finais dos Tempos – A Segunda Vinda de Cristo: Esperança para o Futuro
Você sabe o que significa esperança? Se buscar na internet, encontrará que se trata de um sentimento ou ânimo de encarar os desafios, mesmo em circunstâncias adversas. A esperança, portanto, gera em nós confiança, expectativa e uma nova perspectiva sobre as dificuldades, permitindo-nos vislumbrar o bem e agir de maneira coerente com essa confiança.
No Antigo Testamento, a esperança dos israelitas estava profundamente ligada à provisão divina. Eles confiavam que Deus supriria suas necessidades e cumpriria as promessas que fez a eles. Abraão e Sara, por exemplo, receberam um filho apesar da infertilidade e idade avançada. Durante a peregrinação no deserto, Deus proveu o maná e saciou a fome do povo. Eles foram protegidos dos inimigos, venceram batalhas e se tornaram uma grande nação, porque confiavam na fidelidade do Senhor.
Vale destacar que a esperança não é mero pensamento positivo. Mesmo de uma perspectiva humanista, sem ação ela se torna vazia. Para que a esperança seja eficaz, precisamos agir: orar e trabalhar, nos alimentar das Escrituras e viver seus ensinamentos. Servir aos nossos familiares, à Igreja e à sociedade nos coloca no equilíbrio entre nossa responsabilidade e a soberania de Deus nas mudanças que desejamos.
Nosso Deus é imutável, seu caráter é inabalável. Na Nova Aliança, Ele continua a prover nossas necessidades e nos abençoa conforme sua vontade. No entanto, agora compreendemos que as provisões do passado eram sombras de uma provisão maior. Na plenitude dos tempos, Deus revelou a verdadeira face da Esperança, que sempre operou desde a Antiga Aliança. Há dois mil anos, essa Esperança nos ensina a orar, trabalhar e esperar por algo magnífico e eterno: a consumação do plano divino em Cristo.
Portanto, a esperança cristã não se limita às circunstâncias presentes. Ela aponta para algo maior e definitivo. Enquanto caminhamos nesta vida, confiamos não apenas no sustento diário, mas na certeza de que nossa maior esperança já foi plenamente revelada: Jesus Cristo, a fonte da nossa confiança e redenção eterna.
A chegada da Esperança
O livro de Apocalipse é o meu preferido da Bíblia, mas confesso que sempre tive dificuldades para encontrar uma aplicabilidade de sua mensagem para os meus dias tão comuns; é um livro extraordinário que nos desafia a interpretação, pois ele mescla passado, presente e futuro, sendo a última mensagem do cânon sagrado para a Igreja de todas as eras e em um futuro, que somente Deus conhece, suas profecias serão cumpridas.
Além das visões grandiosas e aterradoras que João teve na Ilha de Patmos, Apocalipse é, para o cristão, um livro protagonizado pela esperança. Essa esperança, no entanto, não é uma abstração, mas uma pessoa: Cristo. Como explica o Dicionário Bíblico Wycliffe, “no Novo Testamento, a esperança do crente é Cristo”, e se concretiza na consumação final da salvação. Essa esperança não é uma mera expectativa de dias melhores, mas a certeza de que Cristo, nossa Esperança, voltará para completar a obra que começou na cruz, passando pela ressurreição e revelação de seu Reino.
Jesus Cristo, com sua primeira vinda, inaugurou o início do fim com seu sacrifício na cruz, nos muniu de poder contra o pecado e destronou principados e potestades malignas, e fez da Igreja uma extensão do seu Novo Reino neste mundo. Conforme a metáfora utilizada pelo teólogo Oscar Cullmann, autor do conceito da tensão já e ainda não, vivemos entre o Dia D e o Dia V (em referência ao dia da invasão da Normandia pelos Aliados durante a 2ª Guerra Mundial). Cristo entra em nosso mundo como um Rei disfarçado, nas palavras de C.S. Lewis, destrona o mal, mas ainda não consumou o Dia da Vitória.
No Novo Testamento, sempre que a palavra esperança é mencionada, ela está associada a Cristo, ao Juízo Final e à ressurreição dos santos. A esperança cristã não se limita a melhorias terrenas, mas repousa na restauração da criação e na morada eterna com Deus.
A humanidade vem sofrendo os efeitos de estar debaixo do império do pecado, com o Dia D (o sacrifício de Cristo) a esperança raia sobre ela, Jesus vem e implementa a cultura do Reino para que seus seguidores tragam tudo à redenção e pelo poder do Espírito possam lutar contra o pecado em si mesmos e no mundo, mas o Dia V (a segunda vinda de Cristo e a consumação de sua obra) ainda não chegou.
A justiça da Esperança
Assistindo aos noticiários, nos deparamos com um mundo injusto: vemos fome, guerras, doenças e mortes em muitos lugares; a idolatria ao dinheiro e à política aumentam a cada dia; a humanidade avança na tecnologia e, paradoxalmente, se desumaniza. Diante desse cenário, surgem questionamentos inevitáveis: como viver o Reino dos Céus na prática? Como Jesus Cristo está regendo o mundo agora?
Há algo importante que você e eu precisamos internalizar em nossas mentes: mantemos os nossos olhos fixos no alvo porque nossa aflição de agora produz em nós paciência e a paciência mantém a chama viva da esperança dentro de nós (cf Rm 5.3-5). Assim, Deus usa nossas tribulações de agora para nos lembrar que nossa Pátria não é aqui, não podemos viver confortáveis e conformados com este mundo.
Pode ser que agora vivemos dias de paz, alegria, desfrutando de uma boa vida financeira e louvamos a Deus por essas dádivas, porém a vida não é uma linha contínua, há muitas sinuosidades. Muitos estão passando por tristezas e dificuldades inimagináveis e, ao sabermos dessas realidades geradas pelo pecado, nos afligimos e lembramos do que pode nos dar esperança: a segunda vinda de Cristo.
Por favor, não me entenda mal. Não estou dizendo que não devemos desejar e trabalhar por dias melhores, mas, quanto às nossas expectativas nesta vida, Deus não nos prometeu que seriam atendidas e que nossos planos seriam infalíveis. Afinal, somos estrangeiros neste mundo e essa condição nos trará tristezas e injustiças.
Neste momento, temos como missão manter o mal afastado em cada ato de bondade praticado no dia a dia – relembrando as palavras do personagem Gandalf no filme O Hobbit – ao vivermos uma vida que glorifica a Deus em todos os sentidos. Mas, acima de tudo, nossa missão é tornar Deus e seu Reino conhecidos com a pregação do Evangelho. Assim, nosso Pai nos encontrará irrepreensíveis e aprovados para adentrarmos à eternidade e testificaremos às hostes espirituais da maldade que a Esperança virá para derrotá-las com a espada que sai de sua boca.
Caminhamos no presente como vitoriosos sobre o império do pecado e da morte lutando contra seus efeitos, mas não seremos nós a finalizar essa vitória sobre nossos algozes. Essa vingança nunca foi nossa, mas, sim, do próprio Cristo, nossa Esperança, em quem podemos esperar com confiança de que virá montado em seu cavalo branco, vestido com seu manto tingido de sangue, com seus olhos como chamas de fogo e coroado de muitas coroas, pois seu nome é também Fiel e Verdadeiro (cf. Ap 19).
Ele julgará e guerreará com justiça sobre a derradeira manifestação do mal personificadas no Anticristo e no falso profeta e, por fim, sentenciará à condenação eterna, no lago que arde com fogo e enxofre, a trindade satânica, os anjos caídos, a Morte, o Inferno e todos aqueles que os seguiram, pessoas de todas as eras. Com a chegada final da Esperança o Dia V se concretizará.
A Esperança traz renovo
“Esperem a vinda do Dia de Deus e façam o possível para que venha logo. Naquele dia os céus serão destruídos com fogo, e tudo o que há no Universo ficará derretido. Porém Deus prometeu, e nós estamos esperando um novo céu e uma nova terra, onde tudo será feito de acordo com a vontade dele” (2Pe 3:12-13). Destaque meu.
Contemplar este mundo e a beleza que ele carrega – uma lembrança da perfeição original – já nos deixa sem fôlego e profundamente emocionados. A simples ausência do mal e do pecado seria suficiente, afinal, este é o mundo que Deus criou para nós, onde plantou um Jardim de Delícias, destinado a ser maravilhoso. Contudo, as Escrituras revelam que toda a criação geme e aguarda, com esperança, a manifestação dos filhos de Deus – a restauração e o renovo de todas as coisas (cf. Rm 8:18-22).
O livro de Apocalipse maravilha-me, pois anuncia o início de algo completamente novo. Com a justiça de Deus sendo exercida sobre o mal, experimentaremos um novo estado de vida em que nossos corpos estarão eternamente livres do pecado. Confesso que tenho dificuldade em imaginar esse novo estado eterno dos santos; o que sabemos vem das descrições do Apóstolo João nos capítulos 21 e 22 (se possível, leia agora em sua Bíblia).
A Nova Jerusalém será o tabernáculo de Deus com os homens. Nesse lugar, na presença contínua do Senhor, todos os anseios dos seus filhos serão plenamente satisfeitos e nossas lágrimas, finalmente, serão enxugadas. Viveremos em uma cidade cujo arquiteto e construtor é Deus – bem diferente das cidades que nós mesmos erguemos na tentativa de rememorar o Éden. Ali, se cumprirá o propósito da nossa essência: viver em comunidade, em uma interdependência concreta, pacífica e amorosa. Nas palavras do saudoso teólogo Grant R. Osborne:
“A Nova Jerusalém é a realidade que cumpre, de forma definitiva, as esperanças do povo de Deus e que recompensa os santos por tudo aquilo que suportam. Essa passagem também pretende motivar os leitores a uma fidelidade maior no presente, sabendo o que está em jogo. Seremos ‘vencedores’ ou ‘covardes’ (21.7,8)? A resposta a tal pergunta determinará se faremos parte da Nova Jerusalém.”
Assim, Jesus Cristo nos ensinou a esperar e desejar por algo muito melhor e superior a qualquer dia melhor que pudéssemos ter aqui: vida eterna e a sua presença, maravilhosa presença! Andaremos com ele pela Nova Jerusalém, ouviremos sua voz, contemplaremos sua face, nós o conheceremos assim como sempre fomos por ele conhecidos, mas agora em um corpo glorificado sem dores, traumas, tristezas, doenças ou morte. O Deus-Homem, o Filho, o Cordeiro, o Leão, o Noivo, o Cavaleiro com seu manto tingido de sangue, o mesmo sangue que verteu em amor por nós… sim, estaremos com ele e nossos irmãos no alvorecer da eternidade.
Não espero por dias melhores, espero por estar com o nosso Senhor em um verdadeiro e eterno felizes para sempre. E você, onde está e qual é a sua esperança?
Esse post faz parte da nossa série de postagens com o tema “Sinais dos Finais dos Tempos ”. Para ler todos os posts clique AQUI.
3 Comments
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