Senhor, me ensina a rir

Artigo escrito originalmente por Ann Spangler, e publicado aqui.
Traduzido, com permissão e algumas alterações, por Francine Veríssimo.

Minha vida de oração aumentou significativamente no dia que virei mãe.

Sendo uma mãe solteira de duas filhas adotivas, eu me sinto tremendamente abençoada e incrivelmente desafiada.

Como qualquer mãe, eu quero que minhas filhas adolescentes cresçam bem, quero saber que elas vão chegar à vida adulta podendo cuidar de si mesmas e se relacionar bem com os outros.

Porque eu tenho duas filhas com necessidades especiais, fico ansiosa sobre o quão difícil isso pode ser. Às vezes, na verdade, eu me sinto como a própria personificação da preocupação.

Desde que eu adotei minhas filhas, quando já era mais velha, eu amo lembrar da história de Sara. Ela é aquela mulher na Bíblia que teve um filho aos 90 anos. Eu a amo não somente porque ela deve ter o recorde de mulher mais velha grávida da história, mas também porque ela é tão real. Como muitas de nós, ela estava longe da perfeição. E ainda assim, por causa de como Deus trabalhou em sua vida, ela aprendeu que nada é difícil demais para Ele.

O rosto dela era aquele que ainda fazia os homens olharem; tão linda que, por vezes, encantara reis.

Você pode pensar que ela era boba por não parar de rir. Seu corpo todo chacoalhava com a risada. Mas ela não era boba, era apenas uma mulher que não conseguia parar de se maravilhar com o que Deus tinha feito. Apesar de seu marido ter 100 anos e ela não muito menos, ela estava grávida. Quem não acharia isso engraçado? Dois gravetos velhos criando fogo!

A alegria de Sara era tão forte e tão feroz que nada podia pará-la. “E Sara disse: ‘Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo‘”. (Gênesis 21:6) E então ela nomeou seu filho Isaque, que significa risada.

Eu amo aprender de Sara porque me dá esperança pela história que Deus está contando através de minha vida e de minhas filhas. Como ela, eu quero me tornar uma mulher que aprendeu a rir, não porque ela é perfeita ou porque sua vida é simples, mas porque ela finalmente entende – que nada nesse mundo enorme é difícil demais para Deus.

Como Sara, eu não tenho nenhuma ideia de como meu futuro será. Mas ao invés de me permitir afundar na preocupação quando as dificuldades surgirem, eu quero expressar a verdade que Deus vai ajudar a mim e às minhas filhas, independente de fazer isso de acordo com minha agenda ou não. De um ponto de vista prático, eu descobri que minha fé se faz muito mais forte conforme eu encho minha vida de oração, de louvor e ações de graças.

Eu espero que aprender a rir no meio das dificuldades da vida seja um processo ao invés de um evento. Pode demorar o resto da minha vida.

Mas conforme eu adiciono mais louvor e ações de graças às minhas orações, eu percebo que minha ansiedade retrocede e minha alegria aumenta.

Se eu ponho ações de graças nas minhas orações, minha ansiedade retrocede e a alegria aumenta. Click To Tweet

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Esse mês eu e o noivo estamos começando nosso processo para casar – o que, no nosso caso, envolve muitos papéis e documentos e idas a Embaixadas. É um processo cansativo e longo e, assim como a autora do texto, por vezes me sinto a própria personificação da preocupação – E se eu mandar algum papel errado? E se não nos aprovarem? E se… E se…

Esse texto me lembrou que o mesmo Deus de Sara é o Deus de Francine (e seu). E Ele ainda opera o impossível. Confiemos.

Em Cristo,
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