As Alegrias da Maternidade
“Então Ana orou assim: O meu coração exulta no Senhor. A minha força está exaltada no Senhor. A minha boca se ri dos meus inimigos, porque me alegro na tua salvação. Ninguém é santo como o Senhor, porque não há outro além de ti, e não há rocha como o nosso Deus. Não multipliquem palavras de orgulho; que não saiam palavras arrogantes da boca de vocês. Porque o Senhor é o Deus da sabedoria e ele pesa na sua balança todos os feitos das pessoas.” 1 Samuel 2:1-3
“A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque ele atentou para a humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos. Amparou Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como havia prometido aos nossos pais.” Lucas 1.46-55
A maternidade é cheia de emoções. Dores, lutas, desafios, surpresas e alegrias são as mais comuns. As alegrias demoram a chegar à rotina cheia de uma mãe que está sempre cozinhando, limpando, jogando bola ou ajudando na tarefa, mas elas estão lá. O que será que atrapalha uma mãe de ver as alegrias da maternidade? Vamos juntas meditar sobre isso.
Uma breve pesquisa em um site de buscas nos mostrará aquelas famosas “dez dicas para ser mais feliz na maternidade”, e confesso que amo a praticidade disso. Na verdade eu gostaria que para todos os desafios e tarefas da vida existissem “dez, sete ou cinco dicas” de como devo proceder. Aprendi que isso pode até parecer a maneira mais eficaz, mas não é.
A Bíblia é nosso manual da vida, mas ela não vem escrita nos moldes de um. Aprouve ao nosso soberano Deus entregá-la em forma de um livro, onde todas as histórias apontam para o amor dEle para conosco através de seu Filho Jesus Cristo. Como mães cristãs, devemos buscar a nossa alegria nesse amor, entendendo primeiramente que nossa maternidade foi nos dada por Deus graciosamente. Ela é algo que vem do alto e precisamos enxergar toda a nossa vida dessa perspectiva.
Comecei esse texto com duas orações de mães cujas maternidades não foram tão fáceis assim. Mas, de uma coisa Ana e Maria sabiam: Deus as tinha confiado esse dom e elas só poderiam encontrar a alegria de ser mãe nEle. Em suas orações elas exultam, ou seja, se alegram em seu Senhor Deus. Elas sabem de onde viria a felicidade delas. Elas deveriam olhar para o alto.
Diferente de nós, mães no século 21, onde a tecnologia e o imediatismo nos querem ditar regras, Ana e Maria não olhavam para a maternidade como um peso, mas sim como um presente enviado por Deus. Não consigo imaginar que elas se comparavam a outras mães e ficavam preocupadas se seus filhos não tivessem as mesmas habilidades dos filhos das colegas ou vizinhas. Imagino que elas não se importavam se terminariam o dia com a pia cheia de louças e roupas para dobrar e guardar. Talvez, seus filhos não tinham que enfrentar o mau humor de uma mãe cansada no final da noite.
E o segredo de tudo isso é que elas olhavam para o alto. Nos momentos onde elas poderiam achar que estavam perdendo o controle da maternidade, elas procuravam a verdadeira alegria que vem do alto, e encontravam quando faziam exatamente o que a Palavra de Deus nos manda fazer, entregar o controle de nossas vidas para o Único que o tem. O mais incrível é perceber que a alegria é uma emoção e que ninguém tem o controle de suas emoções. Não podemos estalar os dedos de uma hora para outra e ficarmos tristes, ou nervosas, ou felizes. E é por isso que não ficaremos alegres a menos que deixemos o Espírito Santo nos proporcionar alegria.
A Bíblia nos diz em várias passagens que devemos nos alegrar. A carta do apóstolo Paulo aos Filipenses nos mostra esse comando, vez após vez: “Alegrem-se sempre no Senhor…” (Filipenses 4.4). Deus sabe que por nós mesmas não podemos conseguir essa emoção, esabe que somente quando Ele nos proporciona é que iremos tê-la. Devemos aprender a pedir a Deus que encha nossa alma da alegria que vem do alto. Precisamos entender que é da alma que procederá a alegria que nosso corpo mostrará através de um abraço apertado no meio da preparação do almoço, ou durante aquela reunião de trabalho online. É da alma que o contentamento, o regozijo e a felicidade se mostrarão na forma de um sorriso em meio ao caos das tarefas de matemática e dos pezinhos cheios de terra no sofá.
Tenhamos em mente a brevidade da nossa vida aqui na terra. Quais são as memórias que queremos que nossos filhos tenham quando se lembrarem da mãe que Deus os? Quando o Senhor levou meu pai para Si, minhas lembranças dos momentos alegres que tivemos foram um refrigério para a minha alma saudosa. E isso me faz pensar no que quero deixar para meu filho: a alegria de uma mãe que sabe que não pode controlar nada em sua vida, mas que procura sempre olhar para o alto, se alegrando na sua salvação e no seu Salvador.
Esse post faz parte da nossa série de postagens de Maio com o tema “Maternidade”. Para ler todos os posts clique AQUI.
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