Sinais dos Finais dos Tempos – Esperança Eterna: A Promessa do Céu na Escritura

Todos nós estamos inseridos em uma grande história que começou bem antes de chegarmos ao mundo, e que vai além de nossa própria existência. Deus, o Autor, não é do tipo de escritor que tem uma ideia e começa a escrever sem saber ao certo como o enredo se desenvolverá. O Senhor sabe o fim da sua história desde o começo. Para ele, o futuro é tão certo e decidido quanto o ontem é imutável. Nosso Criador, Sustentador e Autor é tão poderoso que a sua decisão sobre o futuro é sinônimo de que aquilo certamente acontecerá. 

Além de assegurar o fim da história que escreveu, Deus, em sua imensa misericórdia, deixou-nos promessas acerca do que nos aguarda nas últimas páginas do livro da vida. Vamos, juntas, ver algumas promessas que o próprio Deus nos fez acerca do céu e como isso deve determinar nossos passos no agora.

A Promessa do Céu no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, temos diversas passagens que apontam para a esperança celestial. Um exemplo é Salmo 16:11 que declara: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, à tua mão direita há delícias perpetuamente“. Essa passagem nos leva a crer e esperar na promessa de que um dia estaremos na presença de Deus, onde existe plenitude de alegria e prazer eterno.

Outro versículo significativo é Daniel 12:2: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno“. Esse versículo reforça a ideia de que haverá um dia em que todos nós prestaremos contas de nossas vidas a Deus e que os que foram salvos por Cristo, e nele depositaram sua confiança, serão agraciados com a vida eterna ao lado do Senhor.

A Promessa do Céu no Novo Testamento

O Novo Testamento aprofunda a revelação sobre o céu e traz mais promessas acerca da realidade vindoura. Jesus Cristo falou frequentemente sobre o Reino dos Céus e a vida eterna. No Evangelho de João, por exemplo, ele faz uma das promessas mais claras sobre o céu: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” (João 14:2).

Outra passagem que reforça essa promessa é Filipenses 3:20-21: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso“. Isso indica que os crentes em Cristo receberão corpos glorificados e viverão uma nova realidade na presença de Deus.

Diversas outras passagens das Escrituras reforçam a promessa de Deus de que o céu é tão real quanto o mundo que nos cerca hoje. Contudo, nossa mente é ainda limitada para entender plenamente o que será estar no céu de fato. Talvez seja mais simples compreendermos o que o céu não é a fim de clarear nossa percepção acerca dessa realidade.

Em Apocalipse 21:4 é dito: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas“. Lá, não haverá mais morte, pecado, dor, lágrimas, contendas, dissabores. Tente imaginar uma vida sem essas e todas as outras coisas que nos trazem sofrimento. Esse é apenas um vislumbre do que será o céu.

Apocalipse também descreve a Nova Jerusalém como uma cidade celestial adornada com ouro e pedras preciosas, onde a presença de Deus ilumina tudo (Apocalipse 21:18-23). Mais do que uma realidade livre de sofrimentos, o céu é o lugar em que desfrutaremos da majestosa presença do Senhor em plenitude. Ele mesmo nos iluminará e será o nosso sol para todo o sempre.

Como a promessa do céu impacta o hoje

John Piper escreveu um livro muito edificante chamado Graça Futura em que aborda o argumento de que a mola propulsora para uma vida de obediência a Deus é a esperança na graça futura, ou seja, suas promessas. De fato, se tivermos a profunda consciência do que nos aguarda na vida eterna acabaremos por reavaliar o que nos é precioso aqui nesta vida terrena. 

Meditar sobre o céu e se apegar às promessas que o próprio Deus nos deixou em sua Palavra é agarrar-se à esperança de que toda renúncia por Cristo, toda escolha de santidade, toda rejeição por causa do Evangelho, todo sofrimento deste mundo valem a pena. Como disse Paulo em Romanos 8:18: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Se fomos alcançadas pela graça de Cristo e hoje somos chamadas servas e amigas de Deus, somos herdeiras dessas promessas maravilhosas acerca do que nos aguarda na eternidade. Isso deve moldar nossa identidade hoje. É como se fôssemos cidadãs de outra nação, apenas de passagem por aqui. Nossa casa é lá, a vida verdadeira é lá. 

Toda beleza e alegria que vivenciamos aqui são ecos do que nos aguarda na vida eterna, queridas. Que essa promessa celestial, tão firme quanto uma rocha, nos encha o coração de alegria e esperança de que em breve estaremos em casa, finalmente. 


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