Alegria no Ordinário: Humor e Graça – Rindo com Deus nas Situações Inesperadas do Dia a Dia

“Aqueles que semeiam com lágrimas colherão com cânticos de alegria. Aquele que sai chorando, enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes.” Salmos 126.5-6

Eu nunca fui uma mulher muito difícil de chorar, sempre fui a mais emotiva do grupo, principalmente depois que conheci o evangelho. No entanto, depois que me tornei mãe, isso se intensificou em um grau um tanto quanto engraçado. Eu choro quando era para sorrir, choro quando era para dormir e choro até quando era para descansar. Ter o privilégio de ver o meu filho nascer, crescer e descobrir o mundo pela primeira vez é um dos mimos de Deus para sua filha emocionada. Ouso até usar o termo comum entre os brasileiros, só que de um jeitinho diferente: o choro é livre, mas a alegria também! Sei que muito desse choro é uma forma de reconhecer a mão de Deus sobre a minha vida desde a gestação. Tanta coisa aconteceu e estamos aqui. É um choro que diz: muito obrigada, Jesus, pelo que eu vivi, pelo que eu vivo agora e pelo que ainda viveremos juntos!

Já perdi as contas de quantas vezes fui tomada pela graça e bondade de Deus em meio à maternidade. O extraordinário que acontece no ordinário. Hoje eu quero trazer um momento específico que foi cena de choro e riso de uma forma inusitada.

Era uma tarde comum em um dia de semana que eu me encontrava fazendo as mesmas coisas para a glória do mesmo Deus. Estávamos em mais um momento de atividades, e confesso que depois das 16 horas já fico exausta e entro no modo automático de cuidar de um bebê, mesmo me doando a esse serviço com todo amor, carinho e entrega. 

Minha criatividade para um entretenimento sem telas já estava se esgotando e foi aí que pensei: por que não deixar o José virado para mim enquanto canto as músicas do canal do Youtube ‘Hi Heaven’? Afinal, faço alguns minutinhos do dia com músicas em inglês para ele ir se acostumando. Então lá fomos nós para mais algumas “skins” da mãe: cantora, dançarina e professora de inglês! Começamos no modo aleatório do Youtube e quando dei play no vídeo, começou a canção: “My God Is So Big” (Meu Deus é Tão Grande).

Quando comecei a cantar para o José, que estava todo alegre e animado com os olhos fixos na mamãe fazendo uma coreografia esquisita, senti a presença de Deus me tomar de uma forma genuína na nossa sala. O cenário era o de sempre, o ordinário de todos os dias. Nada era novo, não havia “fogo do céu” nem um grande mover do sobrenatural. Ali, na minha sala, com a TV ligada e meu filho com os olhos fitos em mim, Deus me tocou.

Ao cantar a canção:

My God is so big, so strong and so mighty

There’s nothing my God cannot do”.


“Meu Deus é tão grande, tão forte e tão poderoso
Não tem nada que meu Deus não possa fazer.”

O que era para ser só mais um momento exaustivo do dia a dia, se tornou em meu tempo de adoração onde riso e choro se encontraram, porque, acreditem, ao perceber que eu estava ali adorando a Deus no mesmo instante em que brincava com meu filho, o choro se transformou em risada. Eu cantava, José sorria, eu chorava, José gargalhava! Lembro de falar com Deus em meio ao choro: Porque estou chorando? Eu estou feliz! E caia no choro e no riso, tudo ao mesmo tempo. Ai, que momento inesperadamente espiritual e alegre! O José entrou comigo num pequeno culto ao Senhor e, assim, eu caí em mim de que não estava apenas passando o tempo do meu filho na sua rotina, estava ensinando a Ele sobre o meu Deus, o nosso Deus.

Pai, tu és tão grande, tão forte e tão poderoso, que eu sei que não tem nada que o Senhor não possa fazer! Tu és o Deus que restaura famílias, que cura os corações feridos, que salva os perdidos. Poder cantar essas verdades ao pequeno José é saber que estou no caminho certo da maternidade. 

Aos trancos e barrancos, em meio a noites de sono e com um mundo inteiro ainda a aprender, entendi que a minha maior missão é ensiná-Lo sobre o Senhor. Temos esse Deus que tudo pode fazer, exceto uma coisa, segundo o meu marido bem me lembrou enquanto cantava: “Ele não pode ser ruim, ele não pode ser errado”. E essa verdade aquece o nosso coração, nós temos um Deus que é a própria bondade. E como é bom servi-Lo. Assim, espero que em meio aos nossos dias comuns, continuemos a encontrá-Lo com humor e graça.


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